1 de junho de 2019

Nem sei como escapei

Sendo um edifício circular, a Maestranza vê-se no plano "à volta" e foi ao dar a volta à praça que não sei como escapei ilesa das coincidências acidentais que ao pé de mim ocorreram.
Sevilha é como a Itália: motas, motoretas, vespas, motocicletas e o diabo a sete em duas rodas. Andando eu de nariz para o ar nas costas da praça de toiros e á procura da dita, oiço atrás de mim uma queda com som metálico, raspar de coisa pelo alcatrão e ais humanos. Percebi o acidente atrás de mim pelo som. Pelo som inquietei-me por o arrastamento que ouvia não parar. Pensei que viesse para cima de mim. Apressei o passo e só metros adiante, olhando para trás, confirmei a moto caída com os seus dois ocupantes. O que, nesse instante, dei conta foi como as pessoas estavam a olhar para mim em pasmo pois, pelos vistos, não se vislumbra como é que eu não fui colhida pelo arrasto da mota caída.
Mal refeita do susto e após me distrair no interior da Maestranza a ver as portas rubras de sol e sombra, eis que me vou embora. À frente dos olhos passa-me uma moto que, ao curvar no semáforo onde eu estava parada à espera da minha luz, cai no chão, jogando de arremesso o seu motorizado condutor. Em escassos minutos de intervalo, livrei-me de infelizes acasos, infortúnios súbitos que me teriam estragado Sevilha. O que posso dizer? Obrigada à qualquer sorte benfazeja que ali por mim esteve e cuidado em Sevilha que as motos são um perigo.

1 comentário:

Dalma disse...

Oh, a Itália! Até os polícias não param para os peões usarem a passadeira, o comum do italiano motorizado, faz até que não vê o transeunte na borda do passeio e até acelera!! Traços contínuos nas estradas tb não sabem o que significam! Nós, e do meu ponto de vista, que não é só de turista mas de alguém que lá viveu um ano, somos mt mais civilizados!
D.