3 de julho de 2019

Jerez de la Frontera

Nunca me tinha acontecido ir a uma cidade monumental de fama e glória e encontrar a catedral fechada, penso que por causa da hora da siesta. Parece-me, mesmo, inaudito mas é o que aconteceu. Chego eu, pronta para me embrenhar em Jerez, que se deve chamar "de la Frontera" por ter sido aqui em tempos antanhos uma fronteira com os territórios mouros do al-Andaluz, e a cidade está fechada. O comércio fechado, a catedral fechada, o Alcázar fechado. Há uma bodega típica que faz provas de xerez, como convém na pátria deste vinho, ao pé de onde estacionamos o carro. Espreitamos só pois, palpita-nos que haverá tantas que poderemos escolher a que mais nos agradar. Rumamos ao centro da cidade e deparamos com o panorama desolado. Aberto, apenas a adega do Tio Pepe, íman turístico que não apela pela quantidade de gente que, estando o resto da cidade fechada, aí encontra com que se entreter. Dispenso e refazemos os passos até à bodega simpática e castiça ao pé do carro aparcado. Má sorte, triste fortuna. No entrementes de termos ido dar de caras com a catedarl fechada, os monumentos fechados e as filas de turistas a querer experiências vínicas pré-fabricadas, a bodega fechou. O que trago de Jerez? Nem uma garrafinha de vinho para recordação. Fuga foi o sentimento que dali nos levou.

1 comentário:

Dalma disse...

Devia ser domingo! Aconteceu-nos coisa similar em Pamplona, há uns anos, onde não vimos uma dúzia de pessoas. Ao domingos, pelo menos nos meses de Verão, a “siesta”parece durar enquanto há sol!