Ainda não tinha ido aos Estados Unidos nesta era esquizofrénica da nova presidência. Ia apreensiva, sabendo da ideologia dominante nesta Casa Branca. Imaginei os americanos no seu pior e pensei que ia ser sujeita ao cabo dos trabalhos de passar pela fronteira. Enganei-me. Redondamente.
Na fila de espera até à Border Control à saída do avião, ecrãs e ecrãs entretêm os turistas e todos os que entram no país com a CNN. Espanto-me por ser a CNN que está ligada aqui. Tudo bem que este ano o meu porto de entrada no país é essa cidade liberal que é Nova Iorque, mas mesmo assim. A fronteira passa-se sem episódios estranhos ou menos normais do que o costume. O país, os americanos estão como sempre os encontro, afáveis e metidos na sua vida. Ando por estados conservadores como o Indiana e o Ohio e não estranho nada, é como se o residente da Casa Branca não fosse quem é.
Em Nova Iorque, o The New York Times continua na sua cruzada pela verdade dos factos, em Times Square os ecrãs gigantes debitam vídeos do Stephen Colbert e do seu talk-show tornado em arma de resistência. Na era Trump, os Estados Unidos estão iguais a si próprios. Gosto.
1 comentário:
Eu sou uma apaixonada pelos US, gosto de me perder nas estradas imensas, nas cidades que nos avassalam ou nas mais pequenas que só nos podem oferecer um motel de passagem...
Este ano só pudemos ir uma semana, das três que tínhamos planeado, já que oito dias antes a minha mãe (96) partiu o colo do fémur! São precalços que sempre podem acontecer a nós ou aos nossos!
Como já fui a muitos sítios que aqui nos tráz, é sempre com imenso prazer que leio os seus “posts”. Cá espero o desenrolar da viagem!
P.S. obrigada pelo seu simpático e-mail e êxito para o seu livro, que em virtude de não saber o nome sob o qual se esconde a Blonde não poderei procurar...
Dalma
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