Depois de uns dias em Nova Iorque, a "irrequietação" pede-nos a estrada aberta e sem destino. No aeroporto de JFK alugamos a viatura que nos acompanhará nas próximas duas semanas. Pode ser irracional mas pensamos sempre que para o tipo de viagens que fazemos, um carro grande oferece mais segurança do que um pequeno, por isso optamos sempre por segmentos menos compactos. Isto, em milhares de quilómetros nunca se sabe o que pode suceder e, além disso, numa roadtrip é no carro que se passa a maior parte do tempo e convém algum conforto.
Pensamos um bocado em grande desta vez e optamos por um SUV. No concessionário dão-nos um Ford Explorer que, para nosso espanto, tem matrícula do Québec. Ainda perguntamos como raio é que em Nova Iorque se dá a coincidência de alugarmos um carro canadiano, ainda por cima francófono. Depressa damos conta da pergunta parva. Então não somos useiros e vezeiros em alugar um carro num sítio e deixá-lo a milhares de quilómetros de distância? Alguém terá feito o mesmo a este Explorer. Ou seja, arranjámos companheiro habituado a estas circunstâncias das viagens em que o destino é a própria da estrada.
No resultado desta matrícula exótica vamos passar por canadianos várias vezes nos dias seguintes. De cada vez que nos cumprimentam com um afável "Bonjour!", sabemos a razão: somos canadianos!
1 comentário:
É mais ou menos como alugar um em Portland (Oregon) e nos calhar um “matulão” do Texas!
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