Há sítios que nos apaixonam pela beleza, pelos contrastes, pelo inesperado, pela radicalidade, pela sedução do perigo. O Lago Michigan apaixona pela calma, pelo silêncio das ondas baixas, muito suaves, felizes na sua tranquilidade. Conduzimos quilómetros e quilómetros ao longo das margens deste mar interior rodeado de terra por todos os lados, um lago que ora lembra paragens oceânicas, ora lembra locais meridionais.
Aqui, não muito longe de Michigan City, há qualquer coisa de tropical na placidez azul do lago e nas praias de areia fina de um dourado indeciso entre o amarelo e o castanho. Chegar às margens implica atravessar a floresta e quando esta se abre para nos deixar chegar à água é todo um vislumbre azul que nos enche os olhos. E o silêncio... é a experiência deste silêncio, que nos deixa ouvir zumbidos de libélulas e os nossos passos amortecidos na cama de areia, o que mais impressiona. O mundo já não tem silêncios destes.
Sem comentários:
Enviar um comentário