26 de dezembro de 2018

Árvore 2018

Há dois duendes, de 8 e 5 anos, que se encarregam das decorações natalícias. Dou-lhes uma autorização excepcional este ano: podem escolher o sítio onde vamos colocar a árvore de Natal (como sempre, nesta casa, um resto qualquer de poda). Exultam na alegria de tão fantástica liberdade. Digo-lhes que a mãe deles gostava muito das maçãzinhas quando era pequena. Enchem a árvore de maçãzinhas, como a enchem de ornamentos que vão descobrindo dentro de caixas dentro de caixas. Refreio os meus impulsos de lhes dizer que estão a meter demasiadas coisas na árvore. Não dou palpites e fico-me a observá-los entretidos e a ouvir as suas conversas e negociações. Eles podem estar alegres, eu estou mais, muito e indizivelmente mais.
Também os autorizo a decorar a casa. Ainda me assoma um semi-pensamento de que me vou arrepender na hora de ter de desmontar o Natal mas não quero saber. Lembro-me dos Natais mágicos da minha infância feliz e quero proporcionar algo semelhante aos meus sobrinhos. Acabo com os corrimões decorados, as portas todas, casas-de-banho e cozinha e tudo o que seja puxador de gavetas e móveis. Sim, vai ser bonito arrumar o Natal mas jamais tão bonito como vê-los azafamados.
Um Natal onde haja crianças corresponde a todos os clichés e frases gastas de tão verdadeiras que são.
Feliz Natal!