25 de fevereiro de 2010

Sporting??

Vi há bocadinho um adepto sportinguista de cachecol às riscas verdes e brancas que só podia ir ver o jogo com o Everton. Tive pena.

24 de fevereiro de 2010

Sopa de Peixe à Blonde


Pela quantidade de receitas e experiências culinárias que este blog tem visto nos últimos dias, não se nota nada que a Dona do blog anda num stress danado com tanto papel e computador e organização de eventos pela frente. Livra!
Mas, o facto é que, gaba-te cesta, fiz uma sopa de peixe... Inventada, claro! E eu que nunca tinha feito semelhante coisa. Estou com o ego culinário bem lá no alto. Ora vejam:
Ingredientes:
- Peixe: usei uma posta de bacalhau, uma posta de pescada, camarões descascados e delícias do mar (bem, não são bem peixe, mas vocês dão-me o desconto)
- 2 dentes de alho
- 1 cebola
- 3 colheres de azeite
- 2 tomates maduros
- 1 colher de concentrado de tomate
- 4 batatas (eu nunca uso batatas mas como a Paula me trouxe umas quantas...)
- 1 molho de coentros
- 1 folha de louro (do loureiro cá do quintal!)
- sal e açúcar q.b.
Cozer os peixes e reservar a água da cozedura. Depois tirar as espinhas do bacalhau e da pescada. Refogar no azeite os dentes de alho e a cebola. Depois de lourinhos juntar o tomate bem esmigado e o concentrado. Juntar uma colherzinha de café de açúcar, o sal a gosto e a folha de louro sem o veio do meio. Deixar apurar. Depois juntar as batatas cortadas aos pedaços e a água de cozer o peixe. Quando as batatas estiverem cozidas retirar a folha de louro, juntar os coentros e passar a varinha mágica. Acrescentar depois os pedaços dos peixes. Servir com coentros picados.
Nem vos digo, nem vos conto... Blonde na cozinha, jamais será vencida!

23 de fevereiro de 2010

Fico parva (mais do que o costume)!!

Chove água que Deus a dá (Deus, caramba que eu e o Spotty já estamos fartos e eu não ganho para os tapetes que o bicho desfaz de impaciência). Segunda circular entupida (o normal às seis da tarde mesmo que fizesse o sol dos 30º graus à sombra). Blonde ouve as notícias na rádio (assim como assim, all dressed up no place to go, ouve-se qualquer coisa).

"Gasto com o contingente português de 160 militares no Afeganistão sobe de 10 para 25 milhões de euros".

Desculpem, ainda estou a ver se acordo o neurónio do coma em que entrou...

A Madeira está de pantanas. O país está de tanga (ok, eu prefiro boxers que as tangas são muito pouco fashion, gentlemen). A justiça está pelas ruas da amargura. O sistema de saúde a rebentar pelas costuras. A educação, bem, sem comentários. E a malta agarra de 25 milhões e toma lá para o Afeganistão. Acho bem! Então não!

21 de fevereiro de 2010

O jardim do Armagedão


Sim, já toda a gente sabia que poderia acontecer. Sim, aconteceu. Sim, talvez se já houvesse um radar meteorológico na ilha, a população se pudesse ter precavido. Sim, é a falta de ordenamento territorial. Sim, o governo declara estado de calamidade e abre linhas de crédito. Sim, estamos todos profundamente consternados. Sim, foi uma tragédia. Sim, procura-se um culpado para a desgraça porque a desgraça nunca se explica por geração espontânea e porque somos incapazes de viver os nossos traumas e moléstias sem bodes expiatórios que nos aliviem a consciência, a culpa ou a mera impotência.
Porém, as desgraças foram feitas à medida dos desvalidos desta vida. Quem é que constrói em leitos aluviais? Quem é que não tem dinheiro para fazer a casa com os confortos e exigências de uma civilização do séc. XXI? Para onde é que vai gente que mal sabe ler, que não conhece nada mais do mundo a não ser o sítio onde nasceu e onde vai morrer? De que valia o radar meteorológico a esta gente? De que valem proibições urbanístico-paisagistas se as pessoas contornam o sistema e constróem ilegalmente ou subornam ou fazem orelhas moucas?
Só numa sociedade sem pobreza, os Haitis e as Madeiras seriam mitigados. Pobres dos pobres. Que ironia pungente que as maiores desgraças afectem aqueles que já vivem a desgraça no dia-a-dia. Olho para a Madeira e só penso na infinita miséria que é a pobreza.
Que Deus e nós tenhamos compaixão. Ámen!

19 de fevereiro de 2010

Hertha Berlin 1 - Benfica 1

Mist! Mist! Mist!
Alguém me explica como é que aquele bando de zarolhos coxos me empata com o ÚLTIMO da Liga Alemã?
Homessa, eu ainda tenho naturalidade alemã no BI, mas pelo amor de Cristo, aquilo são os últimos! Os últimos! Que para o ano vão para a segunda divisão como aconteceu com o meu Borussia aqui há uns tempos e é bem feita!
1 -1, sim senhora! Muito bem, não haja dúvida!

18 de fevereiro de 2010

17 de fevereiro de 2010

Purple Soup ou desastre culinário


Pois é, a culpa disto é ter-me saído bem nas panquecas e mais a palestra que tenho de escrever e tudo me servir de distracção. O culpado é o Prince, Symbol ou The Artist Formerly Known as Prince, ou o que é que ele se chama agora, porque em vez te ter cantado "Purple Rain" bem podia ter dito "Purple Soup" que é como eu tenho a cozinha neste momento (e a Paula vai de certeza matar-me quando cá vier! Mas de certeza. Por isso, consolem-se que este deve ser dos últimos posts desta minha encarnação na Terra).
Resolvi fazer sopa de... couve roxa. Só que o diabo da couve ocupou-me a panela toda e eu tive, literalmente, de enfiar o resto dos ingredientes à força lá para dentro (ao estilo de quem fecha uma mala cheia a abarrotar). Claro, quando ferveu entornou. Mas não contente com isso, esguichou silvos de líquido azul para tudo quanto é sítio na cozinha: azulejos, bancadas, fogão, chão e toda a parafernália de utensílios que habitualmente residem nas cozinhas. Está tudo roxo! A couve-flor ficou... roxa, o nabo ficou... roxo, a cenoura ficou... verde, o pano amarelo que eu usei para limpar aquela coisa toda ficou... preto e eu fiquei... azul! A Paula acho que vai ficar... furta-cores!
A sopa em si ficou de um azul meio esquisito e eu meio esquisita fico a olhar para ela. Ó céus, mania de inventar!!!!! O que me vale é que a Julia Childs ainda era pior do que eu, portanto... ainda há esperança.
Decididamente, não aconselho sopa de couve-roxa.

16 de fevereiro de 2010

Delicious Blonde Banana Pancakes

No Domingo deram-me panquecas ao almoço. Óptimas! Melhor que isso, eu vi (live in technicolor) fazer as panquecas, ali mesmo à frente do meu nariz, e percebi que usando o método das três figideiras anti-derrapantes (ok, eu sei que não é anti-derrapantes, mas escapa-me o nome técnico) a coisa sai impec. Vai daí, ontem deu-me para fazer panquecas! O problema é que eu só tenho uma frigideira anti-derrapante. Também não tenho uma espátula de madeira, mas tenho quatro colheres de pau, portanto alguma coisa havia de se arranjar ou não fosse eu muuuuito desenrascada.
Lembrei-me das panquecas de banana americanas, daquelas de massa fofa com a banana super derretida e a escorrer caramelo, hummmmmm. Já estão a adivinhar, não é? Pois... Inventei. Fiz a receita de massa mais espectacular do mundo, e quando ia a fazer as minhas ricas panquecas entornei a massa pelo fogão abaixo, no chão, no lava-loiça, na bancada e, claro, por mim abaixo. Mas não esmoreci! Ó não! A massa que ficou no recipiente ainda deu para quatro panquecas e eu consolei-me com as melhores panquecas do universo.
Cá vai a receita:

Para a massa:
- Farinha sem fermento (a olho)
- três colheres de açúcar louro (comme moi!)
- 1 pacote de 200ml de leite
- 1 iogurte natural
- 1 ovo
- 1 colher de café de fermento em pó

Para o molho:
- 1 banana
- sumo e raspa de 1 limão
- três colheres de sopa de mel
- 1 colher de sopa de açúcar louro

1º - No copo misturador bater todos os ingredientes para a massa até esta ficar aveludada mas bastante líquida.
2º - Passar azeite em spray ou um guardanapo embebido em azeite pelo fundo da frigideira e fazer as panquecas.
3º - Num recipiente de ir ao lume (eu usei a mesma frigideira onde fiz as panquecas) deitar o sumo de limão e a raspa, o mel e o açúcar e deixar apurar em lume brando, mexendo sempre, até começar a espessar. Depois deitar no molho a banana cortada em rodelas e deixar caramelizar.
4º - Servir as panquecas enroladas no molho de banana e acompanhar com café fumegante.

Nirvana!

P.S. - Desta vez não ponho foto porque as panquecas ficaram mais tortas do que as coisas tortas (também ligeiramente queimadas nas extremidades mas isso é só porque ainda não apurei a técnica!).

14 de fevereiro de 2010

Outra vez este dia...


Nunca gostei do dia de São Valentim, muito menos gosto que lhe chamem o nome pindérico de Dia dos Namorados (coisa mais tacanha!), mas é fatal como o destino que todos os anos aqui venha escrever seja o que for a propósito.
Há dois anos andava náufraga num casamento desfeito e escrevia em título "Amar Apesar" convencida de que tinha descoberto uma grande verdade. Balelas! Claro que não se pode amar apesar. Ou isso, ou então sou eu que não quero nada amar apesar e não vou amar apesar.
O ano passado a coisa já foi muito diferente. Libertara-me da estupidez do amar apesar, revia os meus sentimentos e reposicionava-me na vida.
Este ano... Bem, este ano, vejo esta estrada longa até ao horizonte e quero percorrê-la sem chegar ao horizonte...

12 de fevereiro de 2010

Porque ontem foi Mandela Day

Mas eu não tive tempo de vir ao blog.
Sabem o que me espanta? Ter memória de há 20 anos. Deus, que o tempo foge! Lembro-me de há 20 anos! Lembro-me de estar incrédula e miúda à frente da televisão a ver o Homem sair em liberdade. Lembro-me de pensar como iria ser a nova vida no Soweto e se os cães-polícia continuariam a entrar lá em fúria atiçada a homens, mulheres e crianças. Era isso que mais me marcava nas notícias: os cães a entrar no Soweto. Nunca me esquecerei.
Mas também me espanta ontem. O nosso país miudinho. O Presidente do Supremo irritado na televisão. Uma providência cautelar entregue ou não entregue, que nem percebi, num jornal. Uma manifestação minúscula (como o são as manifestações de um povo que nunca se compromete) pela liberdade de expressão. Um Governo escondido e perdido. É isto o nosso país na nossa pequeníssima escala. E lá fora 20 anos de liberdade de um Ser Humano extraordinário que moveu montanhas, forçou um regime, fez a paz e uniu, no possível, um país desavindo internamente.
Quem somos nós? O que somos nós face a isto? ...

10 de fevereiro de 2010

Café e pão com manteiga

Acalmo. Os dias de bulício ficam para trás até nova vaga. Olho através da janela para o dia que se fez tarde melancólica de neblina e horizontes perto. Chuvisca silenciosamente. Fixo o olhar sem saber onde nos olhos que olham para dentro. O trabalho em espera acumula-se áspero e obrigatório em pilhas de papel desordenadas no tampo da secretária. Desço as escadas sem descer à terra na tarde pardacenta.
Lembro-me de uma canção mole, "Milk and Toast and Honey", tão mole como eu estou. Apetece-me.
Uso a máquina nova que me deu pelos anos a alma grande. Faço o café longo que a Mãe bebia com Sahne (as natas que eu nunca lhe ouvi dizer em Português) mas que eu bebo espartano, no rigor anti-calórico do séc. XXI, e a Mãe viveu (n)outro século. Sai bom, o café, no bom destas máquinas da moda. Há pão de milho em cima da mesa da cozinha que corto desajeitadamente numa fatia generosa e torta. Também há manteiga que sobrou do Natal: manteiga numa casa de sojas de onde o leite foi proscrito. Barro a fatia por entre o cheiro a café feito.
Continuo na moleza de olhar para dentro no dia cinzento em que me apetece café, pão com manteiga e este quebranto. Daqui a bocado trabalho. Agora não. Penso no momento, um momento em que não penso, um momento em que a mente canta baixinho "Milk and Toast and Honey" e eu me lembro de coisas sem perceber que me lembro de coisas...

9 de fevereiro de 2010

6 de fevereiro de 2010

Hoje fui visitar a Mãe...

... e já lá não ia há algum tempo. Eu sei que a Mãe não mora ali debaixo daquela laje de mármore e de flores que murcham com o tempo. Mas hoje fui lá e levava muitas coisas para lhe dizer e queria mostrar-lhe outras tantas. Sim, a Mãe não mora ali. Mas foi bom ir lá e eu já lá não ia há nem sei quanto tempo, bastante se levarmos em conta que durante os primeiros cinco anos depois de Ela morrer eu lá ia todas e todas as semanas, e caso eu cá não estivesse, incumbia alguém de lá ir. Tantas solidões ali naquele cemitério. Tantas vezes eu só e a chuva ali naquele cemitério, onde eu seguia os ritos de renovação de flores e de falar com ela com sílabas de voz. E tantas vezes eu ao crespúsculo fresco de Verão a ouvir os grilos que acordavam do calor ali entre as paredes alvas e ermas do cemitério - a morada da Mãe. Tantas vezes na angústia. Umas vezes a correr, outras em pausas de quem está cansada demais e só a mecanicidade empresta um simulacro qualquer de actividade. Despedi-me muitas vezes. Despedidas para as viagens dos sonhos que aconteciam. Despedidas para as viagens das primeiras conferências e do nervoso todo. Fui lá buscar o conforto da companhia em vezes sem conta. Aquela irracionalidade que compartilhamos com os elefantes que afagam os ossos dos mortos do clã. Eu ia lá assim, nessa animalidade. E também lá fui alegre, nos júbilos das coisas boas, na alma pacificada por nada ter ficado por dizer e nenhum beijo ter ficado por dar. Hoje fui lá num repente, daqueles que rasgam a mente e nos impelem. Queria falar com Ela.
Falo muito com Ela. Mas hoje as sílabas com voz não saíram. A voz tolheu-se. Também, de que é que servia a verbalização do pensamento se Ela sabia o que eu lhe ia dizer? Acho que foi isso. Não fazia sentido a grandiloquência da oralidade. E depois, bem, depois Ela só ali tem um invólucro, um nada perecível, uma casca de um casulo do qual Ela há muito se libertou.
Sim, Ela sabia o que eu lhe ia dizer. Mas e eu? Eu sei o que Ela me ouve, a única coisa que eu, às vezes, e hoje em particular, queria era ouvir Dela. Ouvir uma resposta:
- Mãe, orgulhas-te daquilo em que eu me tornei?

4 de fevereiro de 2010

Dando música...

E como o pc continua morto e eu ainda não tive tempo de ir comprar outro (ando a pensar numa coisa pequenina encarnada que fique bem numa capa toda fashion, que tal?), venho dar música ao blog.
É a única coisa que gosto do senhor em questão. Enjoy! (if you can, naturally!)

2 de fevereiro de 2010

Big, big f+*#!!

O meu pc morreu!!!
E eu com a vida toda lá dentro: livros, artigos, palestras, conferências, fotos e miudezas que tais!

Sim... estupidamente só me lembro de back-ups nestas ocasiões... A Vida não é bela?